Algumas pessoas encaram a passagem de ano como uma desculpa para se embebedarem e acordarem ao lado do seu primo Tó Zé, completamente nus, podendo ainda afirmar, com a desculpa do "álcool e drogas e tal...", que não são gays não senhor!
Mas a maioria, do meu ponto de vista, reúne-se para celebrar loucamente o facto, surpreendente para todos, de que, apesar da sua completa inaptidão e estupidez galopante, sobreviveu mais um ano.
Não é a passagem do tempo que celebramos (isso seria completamente estúpido, equivalente a, sei lá, desejar que todos recebam aquilo que desejam. Se todos recebessem aquilo que desejam por estas horas o mundo estava virado do avesso. Conseguem imaginar 300 milhões de pessoas a ganhar o EuroMilhões? E já pensaram no que um terrorista deseja pelo Ano Novo? Ou até o que o Bush deseja!? Pois se não pensaram. Pensem.) mas sim o facto surpreendente de alguns de nós termos sobrevivido tanto tempo.
Madalena. 45 anos. Q.I desconhecido. Prostituta. Passatempo: furar preservativos que usa quando presta serviços a clientes "ricaços". Sofre de sífilis, gonorreia, hepatite C e SIDA. Não possui um olho. Sonha casar brevemente.
Sobreviveu até 2006.
É isto que devemos celebrar! Eu celebrei isso mesmo! Sobrevivi!
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