Chegam lá, entram e o hall de entrada está vazio. Naqueles 10 segundos que levam entre se aperceberem desse facto e a senhora ao balcão abrir a boca, julgam, inocentes, que se vão despachar em 30 segundos. Enganam-se. E enganam-se à bruta.
- Ah, mas eu só venho entregar um papel.
- Também eles. A lotaria também só sai num papelinho e olha o que pode dar!
Lá vão para a sala de espera, com revistas datadas, de preferência, de
Más notícias. Não existe tal coisa nos processos de bolsa como “o último papel”, isso era algo como esperar que não existissem mais novelas ou mais filmes com cães. Dão por vocês e ainda vos falta entregar uma amostra de sangue a comprovar que não são animais a tentarem se infiltrar no sistema educacional português; uma prova de que os vossos pais copularam e vos fizeram (uma testemunha também serve, mas gera mais burocracia); um documento da vossa psicóloga do 9º ano atestando que estão mesmo vocacionados para o vosso curso; dizer a vossa cor e prato favorito; um comprovativo em como não são cadastrados; um teste de personalidade a atestar que não vão atacar a senhora que vos está a atender no seu local de trabalho; uma lista com um mínimo de 15 assinaturas de colegas vossos, a comprovar que são alunos da escola; a conta do gás; e, claro, o comprovativo a comprovar que comprovaram a comprovação do comprovativo. E isto tudo, meus amigos, em duplicado! E o prazo acaba...oh! Daqui a 30 minutos!
Tudo para poderem receber o famigerado prémio por detrás da porta número 3, que é… 24 €! Mas nada de pânico, hã! Isto é só porque só tivemos aulitas metade do mês de Setembro. Pena, pena, é a Eva ainda não fazer meios passes…
Salvem-me! CHESB
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