domingo, outubro 24, 2004

Ah questões, perguntas, dúvidas, medos... ajudem-me!

Há perguntas que me inquietam o espírito. Factos que me assustam a alma. É que:

-serei a única a achar os reclames da Kinder parados no tempo? Que aquela história das franjas, camisas os quadrados (sem ofensa Cookie) e calças que chegam até ao pescoço estavam bem nos anos 80, não em pleno século XXI? E que até a recente publicidade assusta porque apesar de ter sido feita a partir de 2000, mantêm as mesmas características que a de 1968 (oh oh oh Maio de 68)? – ok, depois de ler o teu artigo CHESB sei que nesta não estou sozinha

-serei a única a achar decadente toda e qualquer publicidade sobre artigos de limpeza sanitária ou da casa em geral? E que o facto de serem espanhóis com dobragens portuguesas ou abrasileiradas a falarem, é extremamente arrepiante? Há quem tenha pesadelos com isso…

-serei a única achar que a Corporation Dermoestetica tem um anúncio bastante sugestivo, uma vez que na linha do “Tenha o corpo que deseja”, aparece as costas de uma mulher, as nádegas de uma mulher, os abdominais de um homem, a cara de uma mulher?!

-serei a única a achar aquele tal programa do “Levem tudo menos a casa” desse tal canal que é a Tvi apresentado por esse tal gajo que é o Carlos Pimba, leia-se, Ribeiro, extremamente estúpido, ridículo, uma autentica peixeirada, o total símbolo da ignorância nacional de todas as mulheres que passam os dias sentadas nos cafés a ler Marias, Anas e Marianas, a falar mal umas das outras e que sabem os episódios das telenovelas portuguesas de cor e salteado e de todos os homens com a mania do macho latino que bebe cerveja, arrota, bate na mulher e deixa crescer a unha do dedo mindinho para fins de limpeza de ouvidos e dentes e comichões naqueles sítios que, se tudo correr bem, não vêem a claridade do sol?

-serei a única a achar que depois da invasão da Aloe Vera estamos perante a invasão do papel higiénico húmido?

- serei a única a achar extremamente ridículo ver a Júlia Pinheiro a falar com um burro e, pior, este responder-lhe?

-serei a única a achar que estamos a ser bombardeados por sucessivos plágios e imitações de programas, de músicas e de estilos? (tema este que pretendo desenvolver em breve. Me aguardem…)

-serei a única a achar que atrás daquela história da “Sic 12 anos; 12 anos de Liberdade” está uma mensagem implícita e explicita dirigida à Tvi que se resumirá em poucas palavras em algo como: “À gente ainda não chegou a censura. Nhanha, nhanha, nhanhaaaaaaaa…!”

-serei a única a achar que há por aí muita gente que lá porque o seu irmãozinho ou a sua irmãzinha cantam não significa que vão ter o sucesso dos seus fraternos?

-serei a única a achar que a Sic anda de voltas trocadas? É que, efectivamente, o Às 2 por 3 começa às 3 e é apresentado por 2!
-serei a única a achar que a pita que pensa que sabe cantar, a Jojo, ao ter uma blusa no seu videoclip a dizer “Boys Stink”, arrisca-se a ter problemas no futuro, do tipo, ficar sozinha até ao fim da sua vida? (que se depender de mim, já não será muito longa!)

-serei a única a achar que ir a Fátima é, reparem bem nesta palavra, Turismo Religioso? E que, na mesma loja, porem à venda artigos religiosos e artigos desportivos, mais propriamente, camisolas da selecção, cachecóis e bandeiras de Portugal, é um grande golpe? Eu adoro futebol, já me converti a esta religião e sou fiel a ela mas, Fátima é Fátima, Futebol é Futebol! Capisce?

-serei a única a ter a certeza que um empate a duas bolas com o Liechtenstein, ou lá como isso se escreve, não é o fim do mundo, não é o fim da qualificação para o Mundial 2006, não é um escândalo? Já agora, FORÇA PORTUGAL!!!!!!!

-serei a única ainda a acreditar (o que faço com muito orgulho) na nossa selecção, a admirar aqueles jogadores da forma mais louca e apaixonada possível, a venerar o treinador e a equipa técnica, a gostar de futebol e a “amar de paixão” (sim, eu também sei dar o meu toque de brasileiro) o nosso hino, a nossa bandeira, o nosso país, a nossa selecção?

RESPONDAM-ME, por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Xuphia

sexta-feira, outubro 15, 2004

Cenas de um país (aiiiiinda muito) rural...erm...rústico...

O nosso Presidente de Républica, esse excelentissimo senhor que recebe todo e qualquer cidadão que tenha um desatino com a sua entidade trabalhadora e a sua vida pessoal (sim porque não há por aí filhos e entiados não senhor...é tudo igual! Portanto trabalhadores da Sofilãs ou da ShoilShoes podem já ajeitar o farnel para rumarem a Lx para visitar o PR. Força nesse futuro!), recebeu muito honrado um prémio qualquer lá dos espanhois que vinha se não me engano com um kit constituido por uma taça muito feia e um cheque de 9000 euros. Confrontado com o destino do dinheiro (sim que a taça já se sabe que vai direitinha para o lixo!) o Sr. Presidente responde muito elucidativamente "Este ano não há cá instituições, nem associações de caridade. O dinheiro vai ficar para mim que os tempos tão dificeis....pá!" (As citações são capazes de ter sofrido algumas alterações no caminho atribulado até aos estúdios do k1111.)
Ora isto pôs-me a pensar (wow...).
Tão este gajo recebe cerca de 5000 euros por mês, tem residência paga, tem uns 3 carros com motorista e uma mulher que com aquela altura rendia bem em qualquer lado...fosse nas obras ou no red light district (sim pk uma senhora como eu não diz/escreve rotunda.) e acha que os tempos tão dificeis?!
Eu ainda hei-de perguntar aos meus conterrâneos se ter 3 filhos, uma renda que é mais de metade do único ordenado da casa, não ter às vezes nem um paposeco para os filhos não é dificil... o PR não deve ser muito bom a fazer malabarismos...
Eu se fosse o governo tomava nota destas coisas...se para o presidente está mal imaginem para o resto de nós pobres mortais. Heads up Santana! Olha o cocktail! Salta!
Ah e....Alberto João ao poder! O homem que não tem problemas em responder a qualquer acusação com um "olha lá vai levar no cu!" Porquê? Porque pode...
CHESB

domingo, outubro 03, 2004

Rua dos Abraços

Foi-me dado a conhecer por um familiar, da existência na minha cidade de uma rua cujo o nome é “Rua dos Abraços”. Isto não seria nada de estranho, não fora a rua ter menos de meio metro de largura… Já dá para perceber assim porque é que se chama Rua dos Abraços, certo? Ah pois é!! Eu cá sou da opinião de que deveriam colocar um sinal de sentido proibido para peões num lado da rua! Ou então um semáforo. É que, de facto, é impossível duas pessoas atravessarem a rua em sentidos contrários e passarem uma pela outra sem se tocarem. Têm mesmo que se “abraçar” e não no sentido amigável da palavra; têm que se esfregar uma contra a outra, sentir o cheiro uma da outra, quer queiram, quer não queiram. É só por isso que eu defendo a colocação do semáforo para passar em segurança! Não quero andar por aí a abraçar-me feita uma galdéria a qualquer um que se lembre de usar aquele percurso. Ora, imaginem lá que vão a atravessar inocentemente a rua, e do outro lado surge uma daquelas matronas, gordas e gigantescas em todos os sentidos e que para cúmulo ainda transporta uma cesta cheia de peixe, tresanda a suor e é tão grande que não deixa nem um centímetro da largura da rua por preencher. Das duas uma: ou fazemos marcha-atrás e temos que ter cuidado para não cair ou tropeçar num triste coitado que tenha embicado na rua a seguir a nós; ou então avançamos corajosamente para a matrona e tentamos fintá-la, passando por baixo das suas pernas presuntos. Eu não sei qual opção escolheria. Pensem nisso!!
Maria das Patacas