sexta-feira, novembro 19, 2004

Hospitais

Nem me façam começar nos hospitais.
A começar nos queridissimos mangas de alpaca (funcionários públicos em geral, cabrões em particular) que te atendem sempre com um sorriso acolhedor e sempre tão prontos a facilitar a nossa vida.
Depois as maravilhosas salas de espera, onde estão os maravilhosos velhotes/as a falar sobre:

a) Como a sua mocidade foi feliz e agora tão a cair aos bocados;

b) aquele durão fantástico que misteriosamente se instalou na perna esquerda, mesmo acima do joelho ("É mesmo aqui tá a ver menina?!")

c) Estão calados e todos os restantes vão a correr para chamar ajuda, julgando que, se não estão falando de a) ou b), estão mortos de certeza.

E o atendimento fantástico dos médicos? Que também ou:

a) Está carrancudo como uma mula, não olha para ti e responde a tudo o que dizes com um "hum" sequissimo;

b) Faz piadas horríveis, sádicas ou estúpidas sobre a tua condição e farta-se de rir sozinho, sem reparar que não estás a rir;

c) Não está. Foi de férias. Hoje está de folga. Ainda não chegou. Foi jogar golfe, a fazer render o dinheiro que ganhou por fingir que trabalha.

A gaja da conspiração. - Cc.


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