sábado, maio 27, 2006
Isabel Queiróz do Vale
No campo dos golos ( neste momento está 1 -1) ... bem, como o meu irmão disse: "Até agora, podemos dizer que marcámos os golos todos."
CHESB
terça-feira, maio 23, 2006
Terror no expresso do Oriente
Não há exorcista que nos valha quando um lagarto radioactivo colossal decide comer a nossa família… e o exorcista!
Venham as miúdas/miúdos/mulheres ou mesmo os cães-de-água despenteados que comunicam com os vivos através da TVI ou de barulhos de portas com falta de óleo que cá eu não me assusto, basta dar-lhes um chuto no cu, com água benta ou com um utensílio de cozinha na cabeça que tudo fica tudo resolvido.
Agora, lagartos gigantes nascidos em águas internacionais que nos podem destruir o apartamentozito todo só com uma pegada … Isso sim faz-me tremer.
Cc, a gaja da conspiração
domingo, maio 21, 2006
O calor humano dos animais também é bom!
Ricardo Costa, há cerca de 5 minutos, em conferência de imprensa para a Selecção Nacional.
Ainda agora entrastes, já te estampastes.
CHESB
FF? Hum... DEF?!
Isto se calhar sou só eu que estou preocupada com o rumo que o showbiz em Portugal anda a tomar mas já repararam que entrámos num ciclo vicioso do qual jamais iremos sair a não ser que Jesus desça de novo à Terra para aniquilar as estações televisivas ou que, num acto de loucura, as pessoas parem de comer tudo aquilo que lhes põem à frente.
O ciclo é muito simples:
Temos meninos/as bonitos que viram MODELOS.
Depois os modelos viram ACTORES.
E finalmente os actores viram CANTORES!
Tiram fotografias, vão para as novelas tirar fotografias em movimento e depois pegam num microfone e cantam músicas sobre tirar fotografias e amar fotografias e ser-se uma fotografia!
Eu tenho um lema sagrado no que toca ao Showbiz: Os cantores deixam as suas aspirações a actores em casa e cantam! ( E tu JoJo nem para cantar serves, quanto mais o resto! ) E o actores deixam igualmente as suas aspirações a cantores em casa e representam! (Sim é contigo Jamie Foxx! E tu também Nicole Kidman!)
Se cada um fizer aquilo que sabe, seremos todos mais felizes, mesmo que aquilo que tu saibas fazer FF sejam só batidos de groselha ou um arroz de polvo mais ou menos.
CHESB
quarta-feira, maio 10, 2006
Paaaaaaaaarty!
Continuemos então o manual do escritor fantasy. Assim que reunir todos os requisitos mencionados no post anterior é necessário ao nosso herói/na ter uma…
4 - Party – Nope, não é uma festa. É um ajuntamento de pessoas heterogéneo que têm um interesse em comum, usualmente eliminar o vilão após uma extensa e atribulada road trip e menos frequentemente meter-se nos copos e cantar o hino do Benfica todo ao contrário. Na party devem existir:
- O interesse romântico do herói - Um elemento do sexo oposto ao do herói/na (ou não, se quiserem fazer um romance tipo A dança de Pedra do Camaleão. Ou, como não queremos discriminar ninguém, no caso de ser um fantasy lésbico, A dança de Pedra da Camaleoa) Opositor também do vilão por uma razão ou outra (pisou-lhe o horto com o exército enquanto estava de passagem, matou-lhe o Jolie, etc), fisicamente deslumbrante, mas com uma personalidade que o heroí/na tendem a rejeitar ou por ser muito parecida à sua ou porque a tensão sexual simplesmente é insuportável e revela-se na forma de agressividade passiva, de início, e activa posteriormente, ou seja, em português simples, devem andar sempre às turras e até à porrada, porque toda a gente sabe que discutir dá tesão. O interesse romântico deve ser também da classe social oposta à do heroí/na e se quiserem até de uma raça diferente, para aumentar a oposição. Ah mas nada de juntar orcs com elfos hã! Isto não é o Camafeu e a Julieta…
Atenção que existem tratamentos diferentes consoante os casos que relatamos.
Se tivermos um herói o casal vai acabar por se entender porque a mulher arisca e guerreira que rejeita o machismo protector do herói afinal vai acabar a chorar babo e ranho numa situação qualquer em que o herói a vai ter de salvar. Sim, porque toda a gente sabe que as mulheres se armam em boas mas acabam sempre por se ir abaixo e precisar do nosso herói para as salvar. Lá está o machismo encapotado do fantasy. Assim, ao ser salva vai acabar por se submeter ao herói e passar de Xena, a princesa guerreira, a Floribella, a princesa florista e deixar de dar problemas ao senhor que tem coisas mais importantes com que se preocupar como olear a espada e tentar perceber se esteve aquele tempo todo a ler o mapa ao contrário.
Se tivermos uma heroína as coisas passam-se de maneira diferente. O antagonismo continua a existir mas porque o rapaz tem relutância em aceitar a liderança de uma mulher que se depila e ela relutância em aceitar conselhos de um gajo armado
Cá está: submissão versus colaboração. Não esquecer.
Ah e muito sexo, a toda a hora e nos sítios mais esquisitos. A falta de banhos não é problema. Quando a vontade bate...
Depois de estabelecido o interesse romântico entramos numa rotina tipo Uma Aventura. Lembram-se desses livros? Claro que sim! Quem não se lembra de João, Pedro, Chico e…como é que se chamavam mesmo as gémeas? Bem, não interessa.
Ou seja, sendo assim, temos…
- A força bruta – O Chico era a coragem e o braço forte do pequeno grupo de detectives borbulhentos. Está lá para usar um pé-de-cabra, arrombar portas e meter-se em frente de pistolas sem pensar nas implicações que isso poderá ter na chegada iminente da sua morte. Está lá para fazer, não para pensar. Porque para isso está lá o heroí/na. Este membro do grupo poderá ser suprimido muitas vezes pois é preenchido ou pelo herói ou pelo interesse romântico da heroína. Quando isso acontece fica a cargo do ladrão dar arrotos e peidos e dizer asneiras para o entretenimento de toda a gente.
- O inteligente – O Pedro era a inteligência do grupo. Estava ali para avisar as pessoas de que 2+2 pode não ser sempre 4 dependendo dos logaritmos e do contexto em que a operação ocorre, pesando sempre a influência da função X.
Ou algo assim. Eu sou de Letras, não me recriminem.
Tendo em conta que a inteligência do heroí/na é mais esperteza do que outra coisa, este membro será de vital importância pois descobrirá muitas vezes a solução para os problemas mais complexos e certificar-se-á de que as finanças do grupo não arranjam para ali um défice, que isso mata.
Para além disso é o comic relief guy atirando para o ar piadas e fazendo malabarismos com garrafas de querosene e fósforos acesos quando o livro está mais parado.
- O sábio – No caso do Uma Aventura o Faial era claramente o sábio. Os pastores-alemão são animais com muito bom senso e muito boas baby-sitters. O sábio não é o mais inteligente mas sim, como a palavra indica, o mais sábio, obviamente. Normalmente é alguém que já passou da idade ou elfo, esses então são tão sábios que irritam qualquer um. Está no grupo para garantir que as atitudes mais sensatas são tomadas, dar lições de vida muito profundas baseadas na sua experiência, citar escrituras que ninguém conhece e decifrar profecias negras, avisar quando os pacotes de batatas fritas estão quase a passar da validade e mandar para o ar, de vez em quando, que no tempo dele o azeite era mais barato ou contar daquela vez em que foi para trás da palhota com a prima com os girassóis a espreitar e um dia lindo para passear...
E por fim…
- O sarcástico – O elemento relutante do grupo. A sua utilidade é por vezes obscura mas não temam que eu estou aqui para tudo explicar. O sarcástico está no grupo para fazer o herói parecer melhor do que aquilo que é. Um contraste nas linhas de “do mal, o menos”. Ao pé de uma bicicleta até o carro mais velho parece interessante. Ao pé de um corcunda, um bexigoso não parece assim tão mal. Ao pé dos Morangos com Açúcar a New Wave parece uma escolha sensata. Isso não quer no entanto dizer que ele não possa ser mais sexy que o herói. O herói é fofo, o sarcástico é sexy. O sarcástico é o homem sexy por excelência. O perigo, a violência, grrrrrr… Bem, já me distraí.
Portanto, o sarcástico é competitivo, é de moral duvidosa, não é hipócrita, etc. Assim normalmente tem mais duas funções: dizer aquilo que toda a gente está a pensar (incluindo o leitor), ou seja é o agente do humor negro, e ser o suspeito principal quando alguma coisa corre mal. Isso e fazer o herói perder as estribeiras.
Com a sua moral duvidosa nunca é claro se mais tarde ou mais cedo não vai saltar para o lado inimigo e matar todos os outros membros do “gang” enquanto dormem. Mais tarde acabam por descobrir que afinal é o mais bonzinho deles todos, ajudando alguém que todos se recusaram a ajudar e que a sua hostilidade é só resultado de uma infância difícil, de uma mulher promíscua ou um caso de herpes genital mal resolvido.
CHESB