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Situação da imagem: No parque de estacionamento subterrâneo de um centro comercial, os lugares destinados aos Deficientes estão vedados com uma fita do tipo das que se usam nos museus.
Situação da imagem: No parque de estacionamento subterrâneo de um centro comercial, os lugares destinados aos Deficientes estão vedados com uma fita do tipo das que se usam nos museus.
Entramos nas livrarias hoje em dia e só nos entram olhos a dentro 2 tipos de livros: livros sobre conspirações religiosas e livros de fantasy (estes normalmente na secção juvenil, sobre os quais me irei debruçar, que é como quem diz, descascar em cima, depois, quando me der na veneta pensar nisso e falar mal do Harry Potter e das sagas dos calhaus mágicos).
Ora podendo não ser todos cópias do Código Da Vinci, já que a sua chegada às nossas bancas, após o êxito do mesmo, em nada se relaciona com a sua data de publicação, têm na maioria uma fórmula particularmente desinteressante em que muitos litros de tinta são desnecessariamente gastos a falar sobre a tanga que Cristo usou na crucificação ou a compulsiva malvadez e perfídia de todos os papas até João Paulo II que foi, obviamente, assim tão bom (em quê é que não sei muito bem) para compensar as maldades dos outros papas. Resumindo, faz-se um pouco do que se faz aqui pelo blog. Ora vamos lá com a tia CHESB saber os 10 passos básicos para seres o próximo Dan Brown da tua paróquia!
Também é aconselhável citações sem autor identificado (também conhecido como o responsável de marketing da editora) na capa, no género “ O melhor thriller (pseudo) histórico de ficção (????) desde o Código da Vinci” ou “ Um dos melhores thrillers de sempre, carregado de suspense intelectual.” (esta é verídica hã! E fico à espera da diferença entre o suspense intelectual e o suspense normal).
Um objecto, de preferência relacionado intimamente com as bases de alguma religião, que carregue consigo enigmas e puzzles melhores ainda que o Sudoku e cuja solução trará luz sobre segredos apocalípticos!
A Igreja Católica é um cão grande e a verdade sobre as suas historietas é o osso, guardado entre as suas patas (e dentes) ferozes. Toda a gente sabe isso mas é sempre bom lembrar, não é?
Ter fama de investigador e/ou Dr. em alguma coisa também ajuda. Por isso isto não é projecto para quando se tem 19, 20 anos.
Não consigo deixar de sentir um arrepio na espinha todas as vezes que os jornais abrem com a notícia da descoberta de mais um foco da gripe das aves. É como se os jornalistas estivessem anunciando o vencedor do Euromilhões e ficassem muito chateadinhos por não terem sido eles a ganhar.
“E esta noite o foco de gripe das aves vai para…. - rufar de tambores - Rússia! Ohhhhh! Portugal não foi mais uma vez o grande contemplado com o foco da desejada doença mas lembre-se, só não apanha a gripe quem não faz figas! Continue a apostar no nosso site www.gripedasapostas.com, no país que terá o próximo foco de doença. Brevemente abriremos as apostas para o país com maior número de aves abatidas e também a amplamente esperada aposta sobre o país com maior número de mortos!”
CHESB
P.S. O Governo estranhamente está mais preocupado com as galinhas vendidas nos mercados do que com os pombos do Rossio… Ou será que é tudo pombo vacinado? Ou não serão pombos aves? Ou será que a poluição citadina os torna imunes ao vírus? Ou o histerismo governamental é apenas e somente histerismo e por isso mal direccionado, errático e completamente desprovido de propósito prático? Não sou nenhuma entendida em veterinária e muito menos pandemias mas a mim isto tudo soa-me tudo muito esquisito…
Estou chocada. Estou estupidificada. Estou completamente abalroada. Estou atónita!
Já chega de como eu estou. E como estão vocês?
Bem, se pensavam que o Armageddon estava longe, enganam-se. Os sinais do apocalypse são bem claros. Ontem tive a felicidade de presenciar uma das viragens mais históricas dos desenhos animados em Portugal.
Vejam bem, há coisas de que uma pessoa está certa, coisas que uma pessoa toma por garantidas. Aquelas coisas que nos orientam a vida. Coisas como o Sol nascer amanhã, o ordenado no fim do mês certinho e direitinho (isto se tivermos emprego claro… se não tivermos, a única coisa que é certinha e direitinha é que devíamos ter.), a destruição gradual da Terra pela poluição. A certeza de que de manhã não vamos acordar paralíticos mas certamente em Portugal e na nossa cama, de que o café vai existir para sempre e de o Castelo Branco continuar a ser bicha (atenção, bicha de “pessoa andrógina terrivelmente irritante, que incita à violência e com a mania que anda melhor de saltos do que eu”). Essas certezas importantes que nos regulam o organismo. Ora uma dessas certezas é certamente a de que nenhum desenho animado das manhãs da SIC, aliás nenhum desenho animado de todo, vai alguma vez ter de se referir a sexo em toda a sua existência de série de desenhos animados (a não ser que estejamos a falar do Conhecer o corpo humano ou lá o que é, que, mesmo assim, certamente nos fala do assunto com as devidas metáforas).
E é aqui que a estrutura da nossa existência é abanada…
Linda manhã de Outono. SIC. Desenhos animados de nome Vandread.
Ora o que é isso de Vandread, perguntam vocês? E a que horas é que essa merda dá?
Lá para as 6:45 da manhã… Pois, não vêm pois não? É natural. Não é de gente do bem estar acordado a estas horas.
Ora isto trata-se de uma série muito engraçada de anime que nos fala de homens e mulheres serem inimigos e viverem em planetas separados e naves e muitas explosões e mamas e não sei quê… Ora sendo esta a premissa da série, inevitavelmente pensamos que vai haver o tal episódio do “ai donde vêm os bebés, o meu pipi e o teu pipi e isto encaixa ali e ai que horror não pode ser nada aí, tás maluco!?” e por aí fora, o que é, no mínimo, suspeito nas manhãs infantis do Yô-yô da SIC.
E era mesmo este episódio! Sorte a minha…
Testemunhei então o descambar de todas as certezas que tinha quando no meio do episódio uma das personagens (por sinal a senhora idosa que manda na nave, que sabe mais sobre fazer bebés do que nos conta… malandra!) profere descontraidamente, num contexto qualquer de que não me recordo, as palavras “órgãos reprodutivos”. Isto é memorável, pensei eu, a primeira vez, na história dos desenhos animados portugueses, em que se usa esta expressão! O que dirá uma criança de 6 anos disto? Mas o pior estava para vir. A dada altura o médico da nave (por sinal muito giro) põe a mão num livro sobre reprodução humana. E vai de explicar o processo! Quando dou por mim já ouvi as palavras canal de nascimento, óvulo e esperma! Esperma?! Ora esta é de certeza novidade nos desenhos animados!
Alguém vai ser processado na SIC.
Com as minhas certezas cósmicas abaladas, ponderei sobre o assunto. Conseguem imaginar uma pequena criancinha a assomar-se à mãe e a perguntar…
- Mãe o que é que é esperma?
- HÃ?!
- Esperma… Vi nos bonecos da SIC.
- Nos... bonecos… da… SIC?!
CHESB
Queria aqui deixar os meus sinceros pêsames à família do rapazinho que revelou em pleno canal da SIC, aquando da festa de lançamento do Harry Potter traduzido em português, que o Dumbledore morria no final do livro (a estas horas já não faz diferença para ninguém que já devem ter lido aquilo tudo de ponta a ponta, e depois ninguém lê o nosso blog praticamente... ou lê? Se lê olhe as sinceras desculpas pelo spoiler mas olhe… lê-se o título! Não sabem controlar a vossa curiosidade e é o que dá!! Eu é gente desta pá!). Ouvi dizer que apedrejamento até à morte dói que se farta…com livros do Harry Potter então. Perdoem-lhe fãs do Harry Potter pois ele não sabia o que fazia, e a estas horas está no Inferno, por isso...
CHESB
Alegadamente o grande sucesso da série da TVI, Morangos com Açucar, reside no facto de ser verosímil (uma palavra erudita para desculpar a enxurrada de caralhadas que aí vem). Não acho. É que nem de perto, nem de longe. Ignorando por hora o facto deles serem todos ricos, lindos e filhos de professores, vamos debruçar-nos sobre um aspecto linguístico desta suposta série realista.
Que raio de verosimilhança (as compridas também servem) é esta onde não nos aparecem os amigalhaços a chamarem-se nomes uns aos outros? Qualquer jovem sabe que, amigo que é amigo, não nos trata plo nome próprio mas sim por uma alcunha completamente horrível que odiamos/ nomes obscenos/ diminutivos idiotas. Aqui entre o K1111 não existem cá mal criações dessas de andarmos a chamar o nome que as nossas mãezinhas nos deram, umas às outras. Aqui é tudo na base do “Oh vaca!”, “ parvalhona!”, “cabra de merda!” e “puta do caralho!”. É campónias, xús, dejentas e baixinhas! É tudo na base da boa educação! Tudo na base da amizade!
Esta gente dos Morangos Com Açúcar não enceta diálogos normais, pá. Leiam os meus caracteres. Não – enceta – mêmo! É terrível!
Observem a comparação entre os casos da vida irreal como tudo e os casos da vida tão real que até dói:
- Olá! Tudo bem contigo?
- Tudo bem! Então mais logo vamos ao bar do Fred para tomarmos qualquer coisa?
- Ao bar do Fred? Que boa ideia! Claro! A que horas?
- Não sei… O que é que achas Maria Albertina? (o qué?! Não me lembrei de mais nenhum nome…) Que hora sugeres?
- Às 11. O que acham?
- Sim, claro, está optimo. Então às 11.
- Até logo.
- Adeus
Vida Real
- O quéque foi agora?
- Hoje vamos sair?
- Eh pá, sei lá, pá! OHHHH GAAAAAJA! (no caso dos rapazes seria gordo/careca/caixa de óculos/camafeu/cajó/ zarolho/argentino ou um outro tratamento completamente inusitado.)
- O QUE É PÁ?!
- HOJE VAMOS SAIR?
- HÃ?!
(aproxima-se a gaja, que podia muito bem ser um gajo.)
- Hoje sempre vamos sair?
- Ya pode ser…
- Aonde?
- Qualquer sitio.
- Qualquer sitio não que a gasolina tá cara, caralho.
- Olha atão escolhe tu!
- Logo se vê, pá! Ai vocês também!
- Vocês não! A que horas é que agente se encontra?
- Epá não sei…
- Epá que merda também não sabes nada! Olha é às 11. Quem tiver tá, quem não tiver…
- Espera-se até à 12! Que eu só tou despachada lá pa essa hora…
- Prontos… entre as 11 e as 12, na minha casa… vá, xau. Ah e não é cá às 3 da matina hã, como da outra vez!
- Epá vai pó cacete pá!
CHESB, é isso mesmo que estão a pensar, a gaja que tem uma panca muito séria com os Morangos Com Açucar que nunca lhe fizeram mal nenhum. E depois? HÃ?!
Quem nunca viu o Ponto de Encontro não é fixe. E acabou-se. Quem da minha geração (a do Dragon Ball e das mochilas da EastPack) não se recorda do senhor Henrique Mendes, naquele cenário de 500 escudos (sim meus amigos, escudos!), a tentar dar ares de sério, enquanto conduzia um pai a uma filha, uma tia a um sobrinho ou até um militar homossexual não assumido ao seu companheiro perdido da Guiné? Eram programas bonitos em que, ao invés de prémios fantásticos como micro-ondas e frigoríficos, a única coisa que os participantes tinham para mostrar no fim era um bibelot muito feio em forma de diamante e um parente que não conheciam de lado nenhum e com o qual nunca iriam ter uma conversa sincera durante os próximos 10 anos. Programas em que o mais frágil dos espectadores podia dar azo à sua lágrima fácil (triste, triste era quando eles não encontravam a pessoa e o Henrique Mendes tinha de pôr as pessoas a andar. Você está só no mundo! Beat it!) e à frente dos quais as avozinhas se podiam deixar dormir à vontade sem temerem ser acordadas por um estrondoso “SABES O QUE SÃO GAJAS BOAS?”. Programas de um Portugal desencontrado dos que perdeu para um Portugal sem paciência para os programas culturais da RTP2. Um programa daqueles à séria, com direito a curtas-metragens, efeitos especiais e tudo, daqueles que já não se fazem hoje.
A televisão está perdida, isso já todos nós sabemos. Mas os “reality shows” perderam definitivamente o seu encanto inicial. As “Quintas das Celebs”, “Más Companhias” e “Sôras Donas Machas” não deixam saudades nenhumas.
Onde está o furor, o frenesim que o 1º Big Brother nos causou? Quem é que não se lembra onde estava quando descobriu que o Marco deu o pontapé à Sónia?
Chegaram à redacção do K1111 estes testemunhos impressionantes.
Onde é que você estava quando o Marco deu o pontapé à Sónia?
Dona Ermelinda Cavala, 63 anos, peixeira reformada.
- Oh pois que ‘tava colada ao canal codificado q’havia na TV Cabo, aquele que mostrava a casa 24 horas, sabe? É claro que não tinha aquilo descodificado (não dou dinheiro a chulos!), e até se tornava cansativo pós olhos ver aquela bodega sempre a tremelicar, má quem não paga quase 5 contos a mais sou eu!
Johnny “mãozinhas”, 33 anos, ex-presidiário.
- Atão, tava na prisa na é?! Até foi o Manuel Naifas, da cela ao lado, que me disse!
Dr. António José Maria Bernardo Fonseca de Mello e Brás, 52 anos, deputado.
- Curioso que me coloque essa questão, pois ainda no outro dia estava a rever umas actas do parlamento, para ver os dias em que tinha faltado, e reparei que esse assunto tinha sido discutido aprofundadamente. O Presidente da Assembleia defendeu afincadamente a expulsão imediata do Marco! Mas eu, por acaso, nesse dia não estive lá. Descobri quando passou em rodapé na televisão do Health Club.
- Quem? Quem é que bateu em quem? Houve porrada no recreio?
- Passou no rodapé do telejornal da TVI…
- Estava eu sossegada na minha hora de almoço na cantina da escola, quando me vem um gajo a correr do café a gritar “O Marco deu um pontapé à Sónia!”. E todos soubemos imediatamente do que se tratava.
Estão a ver? É deste tipo de entusiasmo que o país precisa! É mesmo caso para dizer, Oh Big Brother where are thou?
(Deixa-nos a tua experiência, diz-nos como descobriste.)
O novo orçamento de Estado prevê cortes no financiamento das autarquias e das regiões autónomas. Aí têm. Queriam uma razão para tanto secretismo? Dou-vos duas. Se, se tivesse sabido desta merda antes das autárquicas, a estas horas já não havia nem um candidato a presidente de câmara e o Alberto João Jardim tinha pegado fogo à sede do PS na Madeira e tornado aquilo tudo num país independente.
Temos antes umas dezenas de presidentes de câmara a atentar contra a própria vida neste momento, com a excepção do Major Valentim que a estas horas está-se a queixar que "com estes cortes e o caralho já não me vai dar para comprar uma merda de um microfone que funcione, foda-se! Filha da puta!".
Quanto ao Alberto João, bem, isso agora é aguardar. Eu até gostava de viver uma revolução, para calar esses invejosos que sabiam onde estavam no 25 de Abril. Já me estou a ver, sentada com os meus netos: " A vossa avó esteve lá, na grande revolução de 2005, quando o Alberto João atacou os socialistas com bananas e perdigotos e pegou fogo ao seu próprio bikini de Carnaval, como sinal de liberdade! "
CHESB
Chegam lá, entram e o hall de entrada está vazio. Naqueles 10 segundos que levam entre se aperceberem desse facto e a senhora ao balcão abrir a boca, julgam, inocentes, que se vão despachar em 30 segundos. Enganam-se. E enganam-se à bruta.
- Ah, mas eu só venho entregar um papel.
- Também eles. A lotaria também só sai num papelinho e olha o que pode dar!
Lá vão para a sala de espera, com revistas datadas, de preferência, de
Más notícias. Não existe tal coisa nos processos de bolsa como “o último papel”, isso era algo como esperar que não existissem mais novelas ou mais filmes com cães. Dão por vocês e ainda vos falta entregar uma amostra de sangue a comprovar que não são animais a tentarem se infiltrar no sistema educacional português; uma prova de que os vossos pais copularam e vos fizeram (uma testemunha também serve, mas gera mais burocracia); um documento da vossa psicóloga do 9º ano atestando que estão mesmo vocacionados para o vosso curso; dizer a vossa cor e prato favorito; um comprovativo em como não são cadastrados; um teste de personalidade a atestar que não vão atacar a senhora que vos está a atender no seu local de trabalho; uma lista com um mínimo de 15 assinaturas de colegas vossos, a comprovar que são alunos da escola; a conta do gás; e, claro, o comprovativo a comprovar que comprovaram a comprovação do comprovativo. E isto tudo, meus amigos, em duplicado! E o prazo acaba...oh! Daqui a 30 minutos!
Tudo para poderem receber o famigerado prémio por detrás da porta número 3, que é… 24 €! Mas nada de pânico, hã! Isto é só porque só tivemos aulitas metade do mês de Setembro. Pena, pena, é a Eva ainda não fazer meios passes…
Salvem-me! CHESB
Quero só ver quem é que vai ser o primeiro otário que vai juntar numa piada o embargo à carne do Brasil e as prostitutas brasileiras... Vá, vá cheguem-se à frente. Eu sei que um de vocês, humoristas desinspirados do Levanta-te e Ri, vai tentar a sua sorte com essa. Vá lá quem é? Quem é, que eu tenho aqui a gasolina e o fósforo prontinhos! Quem é o artista?!
Cirandando pela net dou com o top dos blogs do Sapo. E é aqui que a minha compreensão dos portugueses começa…
Em primeiríssimo lugar pornografia. Destronando vergonhosamente o certamente líder semanal Morangos com Açúcar, que ocupa (hoje pelo menos) um honroso quarto lugar. Em segundo as autárquicas. Compreende-se. No entanto, não aposto o meu dedo mindinho em que no dia das autárquicas o blog estaria em primeiro, não senhor. Pornografia vs Politica? Nem é justo para a Fátima Felgueiras…
Mais porno e tal e finalmente
No resto do top somos presenteados com mais pornografia, ponto de cruz, mais pornografia, poemas lamechas, pornografia, desenhos animados (???) e bem… pornografia.
Percamos uns preciosos dos vossos segundos e dos meus a analisar este top. (Quase tão bom como o top de palavras mais procuradas no Sapo.)
Dei umas voltas no blog e sinceramente não é o blog em si que me afecta, são os comentários. Claro que olhando em volta, o nosso pobre blog nem remotamente rivaliza com o blog dos Morangos com Mer… Açúcar em termos de comentários (E isso mostra que está tudo errado no mundo!) e poderão até gritar-me “INVEJOSA! Tens é inveja! LAMBISGOIA! CARLOTA!” e cuspir-me ao sair de casa em defesa do blog mas isso não me vai impedir de divulgar a minha mensagem não senhor, porque para ter comentários destes mais me valia não ter nenhum (que é o que acontece, dirão vocês…). Os fãs dos Morangos com Açúcar sofrem maioritariamente de deslocação do imaginário. Eles acreditam que aquelas personagens existem. Eles falam com elas. Eles insultam os vilãos. Eles dão CONSELHOS às personagens, ignorando qualquer noção de guião. Deslocação do imaginário, esquizofrenia e por aí fora. Isto é grave minha gente!
Coisinho, (não sei o nome do rapaz que faz de Simão) não te acauteles, não. A andares por aí de mota, disfarçado de Simão, àquela velocidade (eu e a Cc vimos o rapaz na rua. Ia de capacete mas era o Simão de certeza. Não existem betos motoqueiros. E ali estava na nossa frente um rapaz de camisa aos quadrados a conduzir uma Yamaha. Só podia ser ele.) tão reduzida és bem capaz de ser apanhado numa cena tipo O clube de fãs… Atam-te à cama e chamam-te um figo, as pitas malucas!
Para mim o blog havia de se chamar somente poemas de dor. Quem conseguir ler um até ao fim sem querer arrancar os olhos, sem desejar nunca ter aprendido a ler ou ficar com uma úlcera tem os meus parabéns.
Cá está a prova final da teoria “os homens passam 99% do tempo a pensar em sexo e 0.01% a fazê-lo”…
Depois temos a bizarria com o blog do ponto de cruz… Isto nem eu consigo explicar e olhem que eu já pratiquei ponto de cruz!
CHESB
Mas o que é que se passa com o cinema hoje em dia pá? Eu ando muito desiludida, ando, ando. Tem sido uma enxurrada de porcaria nestes últimos anos…
Hoje vi o Blade III. Podem rir-se. Quem é o idiota que vai ver o Blade III?!, pensam vocês (os mais corajosos até o dizem aí, para toda a gente ouvir).
Não sejam assim que eu tenho atenuantes. Foi em dvd… Já tinha visto os outros dois… Foi numa fase obscura e conturbada da minha vida… Era ou o Blade ou o Às duas por três…
Atenuantes, como digo!
Começamos pelo Blade. Epá neste último filme a inflamação da gengiva estava num estado tal que o senhor já tinha sérias dificuldades para se fazer entender. Esperei, em vão, que, ao terceiro filme, o Wesley já tivesse tratado desse problema. E dizem os aficionados “ah e tal era dos dentes de vampiro e tal…”. Pois, pois, como se mais ninguém no filme tivesse de usar aquela dentadura ridícula e falar ao mesmo tempo…
Depois passamos para a gaja do filme. Por um momento ali, quando a vi, tomei-a pela Guinevere, desse outro grande filme, Rei Artur, com o seu arco e as suas roupas de cabedal castanho, mas enganei-me, esta senhora era claramente algo de completamente novo! Era a primeira idiota do mundo que prescinde de um dos seus sentidos enquanto combate! Sou cheia de estilo e manha, com o meu leitor de MP3 com músicas da Rádio Cidade aos berros. A banda sonora da minha vida. (Já agora, alguém sabe quanto é que o senhor produtor pagou ao todo nestas 3 produções aos Chemical Brothers pelas bandas sonoras?) Hum, hum… Já algum de vós (e eu julgo que sim), experimentou andar pela rua com dois phones enfiados nos ouvidos até bem lá ao fundinho e o volume no máximo? Se conseguirem andar sem serem atropelados têm sorte, quanto mais ouvir inimigos aproximarem-se de vocês pelas costas!
Depois temos o vilão. Ahhhhh! O poder, a estatura, o temor do homem… sem pescoço! O homem que pode ter a aparência que quiser e que, mesmo assim, consegue ser mais feio em humano do que em besta! E cujo desprezo pela raça humana é tal que, ao ameaçar a vida de um bebé, o segura como se estivesse prestes a pô-lo dentro de um carrinho, aconchegadinho e quentinho, não vá a criança, portanto… cair.
E por fim, o “comic relief guy”, que é inglês para, o idiota sexy que teve a sorte de mostrar a sua excelsa pélvis no ecrã (momento alto do filme), porque, caso isso não tivesse sucedido, tinha ficado registado só como completo idiota. Com insultos que iam desde o “vagina with fangs” até ao insulto mais original que já ouvi “ cock juggling thunder cunt”. Brilhante.
Ah e se eu quisesse ver wrestling via o Smack Down! Poupem-me!
E a incrível treta de que o herói é que tem de obrigatoriamente matar o vilão, tudo porque a estúpida da gaja ficou de tal modo afectada pela privação do sentido de audição, que ficou com o da visão avariado também certamente e não viu o vidro à sua frente, antes de disparar a seta!
Houve, no entanto, pontos positivos no filme.
As personagens secundárias morreram todas tão depressa que mais pareciam figurantes. Ainda agora ouviram o nome delas, já elas morreram. Nada de engonhar a morte de malta que toda a gente já sabe que vai morrer. Mais vale 30 segundos, que meia-hora. É a minha opinião.
O Whistler morre. E desta vez, é de vez e acabou-se a pêra doce, velhadas do caraças! Estive sempre à espera que ele aparecesse vivo de novo, outra vez, novamente… Mas eu devia ter adivinhado que desta era de vez, pelo grito lancinante e angustiado que o Blade soltou (NOOOOOOOOOOOOOOOO!), quando, após 3 minutos de reflexão, se apercebeu que o seu armazém tinha acabado de explodir. A príncipio não me apercebi que era isso e pensei que ele tinha mordido a língua. My mistake.
Pior que isto só se algum idiota se lembrar de fazer cyborgs vampiros… Oh não! Drácula 3000!?? Passado no espaço?! Nãaaaaaaaaaaao!
13 anos da SIC. 13 anos para festejar. Por isso o SIC 10 Horas fez esta quinta-feira um programa especial que durou até ao fim da tarde. E, completamente de acordo com o que era esperado, o tema do programa era “E se vivêssemos em 2030?” Um tema que, sem dúvida, tem tudo a ver com a SIC e com o dia que esta celebrava. Não há dúvidas, para quê no dia do aniversário celebrar o mesmo?
Na verdade, esta emissão com tal tema permitiu-me tirar grandes ensinamentos. E todos eles convergem numa só moral: Não queiram viver em 2030!! Vai ser um tempo horroroso. Querem saber porquê? Eu digo-vos:
Depois de tudo isto, não queiram dizer que “em 2030 vou ser feliz”, porque não é verdade.
Aguentar as mesmas pessoas, que se tornaram em algo não muito bom (ou algo ainda pior), não é para mim não. Façam com que também vocês não venham a conhecer esse futuro na pele.
É um aviso…
Xuphia