terça-feira, outubro 11, 2005

"Volta Anne Rice, tás perdoada!" em O Pior Filme Da Semana!

Mas o que é que se passa com o cinema hoje em dia pá? Eu ando muito desiludida, ando, ando. Tem sido uma enxurrada de porcaria nestes últimos anos…
Hoje vi o Blade III. Podem rir-se. Quem é o idiota que vai ver o Blade III?!, pensam vocês (os mais corajosos até o dizem aí, para toda a gente ouvir).
Não sejam assim que eu tenho atenuantes. Foi em dvd… Já tinha visto os outros dois… Foi numa fase obscura e conturbada da minha vida… Era ou o Blade ou o Às duas por três
Atenuantes, como digo!
Começamos pelo Blade. Epá neste último filme a inflamação da gengiva estava num estado tal que o senhor já tinha sérias dificuldades para se fazer entender. Esperei, em vão, que, ao terceiro filme, o Wesley já tivesse tratado desse problema. E dizem os aficionados “ah e tal era dos dentes de vampiro e tal…”. Pois, pois, como se mais ninguém no filme tivesse de usar aquela dentadura ridícula e falar ao mesmo tempo…
Depois passamos para a gaja do filme. Por um momento ali, quando a vi, tomei-a pela Guinevere, desse outro grande filme, Rei Artur, com o seu arco e as suas roupas de cabedal castanho, mas enganei-me, esta senhora era claramente algo de completamente novo! Era a primeira idiota do mundo que prescinde de um dos seus sentidos enquanto combate! Sou cheia de estilo e manha, com o meu leitor de MP3 com músicas da Rádio Cidade aos berros. A banda sonora da minha vida. (Já agora, alguém sabe quanto é que o senhor produtor pagou ao todo nestas 3 produções aos Chemical Brothers pelas bandas sonoras?) Hum, hum… Já algum de vós (e eu julgo que sim), experimentou andar pela rua com dois phones enfiados nos ouvidos até bem lá ao fundinho e o volume no máximo? Se conseguirem andar sem serem atropelados têm sorte, quanto mais ouvir inimigos aproximarem-se de vocês pelas costas!
Depois temos o vilão. Ahhhhh! O poder, a estatura, o temor do homem… sem pescoço! O homem que pode ter a aparência que quiser e que, mesmo assim, consegue ser mais feio em humano do que em besta! E cujo desprezo pela raça humana é tal que, ao ameaçar a vida de um bebé, o segura como se estivesse prestes a pô-lo dentro de um carrinho, aconchegadinho e quentinho, não vá a criança, portanto… cair.
E por fim, o “comic relief guy”, que é inglês para, o idiota sexy que teve a sorte de mostrar a sua excelsa pélvis no ecrã (momento alto do filme), porque, caso isso não tivesse sucedido, tinha ficado registado só como completo idiota. Com insultos que iam desde o “vagina with fangs” até ao insulto mais original que já ouvi “ cock juggling thunder cunt”. Brilhante.
Ah e se eu quisesse ver wrestling via o Smack Down! Poupem-me!
E a incrível treta de que o herói é que tem de obrigatoriamente matar o vilão, tudo porque a estúpida da gaja ficou de tal modo afectada pela privação do sentido de audição, que ficou com o da visão avariado também certamente e não viu o vidro à sua frente, antes de disparar a seta!
Houve, no entanto, pontos positivos no filme.
As personagens secundárias morreram todas tão depressa que mais pareciam figurantes. Ainda agora ouviram o nome delas, já elas morreram. Nada de engonhar a morte de malta que toda a gente já sabe que vai morrer. Mais vale 30 segundos, que meia-hora. É a minha opinião.
O Whistler morre. E desta vez, é de vez e acabou-se a pêra doce, velhadas do caraças! Estive sempre à espera que ele aparecesse vivo de novo, outra vez, novamente… Mas eu devia ter adivinhado que desta era de vez, pelo grito lancinante e angustiado que o Blade soltou (NOOOOOOOOOOOOOOOO!), quando, após 3 minutos de reflexão, se apercebeu que o seu armazém tinha acabado de explodir. A príncipio não me apercebi que era isso e pensei que ele tinha mordido a língua. My mistake.
Pior que isto só se algum idiota se lembrar de fazer cyborgs vampiros… Oh não! Drácula 3000!?? Passado no espaço?! Nãaaaaaaaaaaao!

A cinéfila desesperada, CHESB

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