Parece haver entre jornalistas e comentadores políticos uma séria dificuldade em descortinar o último e glorioso discurso do 3º maior mártir nacional (o 1º é o Pinto da Costa, o 2º o Santana Lopes. A tabela está sujeita a alterações), Manuel Alegre (logo em cheio na hora do jornal e que ocupou desnecessariamente uns 15 minutos do mesmo).
O sentimento instalado entre os canais generalistas imediatamente a seguir ao comunicado era, na melhor das hipóteses, “HÃ?!” (o que renovou a minha suspeita, já antiga, de que por lá são todos analfabetos), logo acharam melhor perguntar ao senhor. 1,2,3 diga lá outra vez... Quando confrontado com um pedido de esclarecimento em relação às suas declarações, o poético político respondeu muito iluminadamente:
(Foi algo assim, porque, como já uma vez frisei algures, as citações* têm uma tendência para se alterarem ligeiramente a caminho da redação do K1111)
O meu partido não me apoia
Oh tristeza! Oh Soares!
Portugal está feito numa poia
Até imposto pagas para te assoares
Abanar o barco mas não o quebrar
Não me resta no então senão a dor
De vos atazanar e bazar
Com sofrer de mártir me despeço com amor
Não mais Portugal vou salvar
Coitadinho de mim! Que horror!
* Citações são coisas muito frágeis que tem de ser transportadas em ambiente criogenado.
1 comentário:
Bem, mas o Manuel Alegre precisa de falar para fazer má figura... o Soares quando o vi na apresentação da candidatura, primeiro pensei que fosse o lar de terceira idade...
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