sábado, setembro 18, 2004

Troia - A saga continua...

Pois continua. Agora, sentada no comboio da estação de Alcacér do Sal (que nunca mais arranca), passo à descrição da viagem de volta aos Algarves.
Já cá estou sentada há 15 minutos e parece-me que ainda vou demorar ainda mais tempo. Vou falar da terriola (Troia) e das suas novas. Assim que lá cheguei reparei que havia muita propaganda aos comunistas. Nos muros, nas casas, nos carros, nas pontes...em toda a parte essa palavra (comunas arriba!) repetida ao expoente da loucura...enfim, mais tarde vim a saber que era realmente porque a Câmara de Setúbal é comunista (Vivó PND!)
Tenho mesmo é que felicitar os rapazes Troianos. Viva eles. Jeitosos. É que não é só na Troia...Alcácer do Sal, Pinhal Novo, Palmela...tão de parabéns as mamãs e papás desta área!
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Quem não está de parabéns é a CP. Já me estou a irritar. Dass.
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Meu Deus é o Páris...é o Apolo, é o Adónis...Não. É só humano e com namorada (com os pés bem assentes no chão pelo visto.) Porra.
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É o movimento! Estamos a andar! Hip Hip Hurra! Alegria! Contentamento! Não espera...o Sr. maquinista está a falar! Estamos perdidos... Ai Jesus com este sotaque estamos mesmo...Ah marafado do Algarve! Olha porra o comboio só para em Faro. Bonito.
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Pinheiros outra vez. Existem muitos pinheiros em Portugal. Acreditem que eu sei o que faço. E o que digo. O que digo é que existem muitos pinheiros e pinhais. E o que faço é que qualquer dia pego na minha serra eléctrica (que já não uso desde aquele lamentável "incidente" no Texas...) e acabo com a pinheirada toda. E aí já não podem fabricar aqueles ambientadores para as casas e os carros e as pontes e tudo e tudo e tudo com a tal fragrância a pinheiro. Ah ah! Bem feita Harpic e Brise! Que é para não fazerem a merda dos anúncios merdosos...
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Parámos num sitio qualquer sem identificação, sem qualquer razão aparente. Deve ser para cheirar os pinheiros. Ah é o Canal Caveira. Onde será que está o Lestat?
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Breve intervalo para encher o pandulho no bar. Acho que está um senhor a perseguir-me. Ele estava em Setúbal. Ele estava no Pinhal Novo à espera do autocarro. Ele está no comboio. Ele fala! Comigo! O senhor até que é simpático. O amigo jeitoso dele é que fala pouco. Pena. O Sr. seguiu-me até ao bar. Creepy... Lá está ele a falar. Olha afinal foi à meia-maratona de Setúbal. Mariquinhas, nem uma maratona inteira aguenta. Vá lá estou a ser má. Não é nada mariquinhas. Isso é o amigo dele.
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Quem não é nada mariquinhas e conquistou a minha imediata atenção foi o Sr. Inglês. Primeiro parecia que ele estava a falar sozinho mas era ao telefone. E a defender a cultura portuguesa, muito bem! Com quem quer que seja que ele estava a falar, disse ( e estou a parafrasear) "Não é nada na Espanha. Onde é que está a tua cultura? Idiota...", depois riu-se. Que querido. E, chamem-me frívola e superficial (a sério. Eu gosto.), mas para estar em Portugal com sapatilhas DKNY, casaco de ganga Dolce & Gabanna (nada mau!), o rapazinho inglês "eu-sou-tão-culto-e-rico-sim-porque-sapatilhas-DKNY-não-é-para-qualquer-um" até parece interessante. Mas isso é porque a luz tá fundida.
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Acho que nunca encontrei tantos olhanenses num comboio, nem em Olhão. Algo me cheira mal...Ah é o miúdo de trás. Alguma excursão...
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Finalmente em casa! Tava a ver que nunca mais chegava! Ah...Olhão. My God forsaken place.

C.c, gaja da conspiração

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